O que é Obesidade?

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A obesidade é uma doença multifatorial que apresenta outros fatores que podem ser associados a doenças crônicas que trazem riscos à saúde, alterando o metabolismo. Devido a mudança nos padrões alimentares com a introdução de alimentos ricos em calorias e menor atividade física por uma boa parte da população, percebemos um aumento na obesidade. (Wanderley e Ferreira, 2010) que é definida pelo excesso de gordura acumulada, com risco a saúde, apresentando o Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou maior que 30, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2022). Podemos dizer que este acúmulo de gordura se dá pelo desequilíbrio energético, visto que a quantidade de energia ingerida é maior que a quantidade gasta pelo corpo. Dessa forma, tem-se um balanço energético positivo, levando a um acúmulo de gordura e influenciando ainda no estado de nutrição, já que a mudança no estilo de vida atual tem levado a hábitos alimentares ricos em açúcar que contribui para o risco de obesidade. Pereira e amorim, (2019). De acordo com o aumento do índice de massa corporal (IMC), temos os graus da obesidade que são classificados pela Organização Mundial de Saúde em três níveis da seguinte forma: obesidade grau 1: IMC entre 30.0 - 34.9 kg/m²; obesidade grau 2:  IMC entre 35.0 - 39.9 kg/m² e obesidade grau 3 ou obesidade mórbida: IMC igual ou superior 40 kg/m².A Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e a Federação Internacional de Cirurgia Bariátrica aceita a classificação da obesidade em seis categorias considerando os níveis de IMC de 27 a 30Kg/m² para pequena; 30 a 35Kg/m² moderada; 35 a 40Kg/m² grave; 40 a 50Kg/m² mórbida; 50 a 60Kg/m² superobesidade e maior que 60Kg/m² super superobesidade (Puglia, 2004). Para se chegar a esses níveis de obesidade ou superobesidade, ganhando peso excessivo, há uma necessidade de uma ingestão de calorias muito maior que o gasto calórico do corpo.A obesidade (excesso de gordura corporal) resulta do excesso prolongado   de ingestão energética em relação ao gasto energético. Uma gama de fatores genéticos, fisiológicos, comportamentais e ambientais que variam entre os indivíduos contribui para o desenvolvimento da obesidade; dessa forma, de acordo com a  American Psychiatric Association (2014), Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais: DSM V (5ª ed.), não considera a obesidade um transtorno mental.ela não é considerada um transtorno mental. Entretanto, existem associações robustas entre obesidade e uma série de transtornos mentais (p. ex., transtorno de compulsão alimentar, transtornos depressivo e bipolar, esquizofrenia). Os efeitos colaterais de alguns medicamentos psicotrópicos também contribuem de maneira importante para o desenvolvimento da obesidade, e este pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de alguns transtornos mentais (p. ex., transtornos depressivos). ​​​​Muitas pessoas comumente confundem obesidade com sobrepeso. Ambos fazem referência a uma excessiva quantidade de gordura acumulada no corpo, no entanto a diferença se dá em relação ao percentual de gordura acumulado. No sobrepeso se observa que esta quantidade é menor, o que faz com que este tenha um impacto menor na saúde como um todo. (Ministério da Saúde,2011) .Como uma doença multifatorial, a obesidade também deve ser tratada de forma multi. Um tratamento multiprofissional, com especialistas como Endocrinologista, Educador físico, Nutricionista, Psicólogo e também um Psiquiatra quando for necessário para tratamento de possíveis causas de ordem mental que estejam interferindo na perda de peso e necessite de medicamentos.A Psicologia com a abordagem  da Terapia Cognitivo Comportamental, trata a obesidade em seu âmbito cognitivo e comportamental. Ela vai reunir técnicas para  trabalhar os sentimentos, os pensamentos e as emoções  que levam aos desejos de comer, a compulsão, entre outros sintomas que levam ao ganho de peso. O paciente vai aprender a ter um bom relacionamento com a comida, vai aprender a se conectar melhor com os alimentos e fazer melhores escolhas, para ganhar uma vida mais saudável e consequentemente conseguir atingir o peso desejado.​A partir de 40 Kg/m², são casos considerados aptos à gastroplastia. A gastroplastia, também chamada de cirurgia bariátrica e metabólica entre outros nomes, é uma cirurgia que reúne técnicas cientificamente alicerçadas para o tratamento da obesidade e outras doenças que apresentam um excedente de gordura. No entanto, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), publicou em janeiro de dois mil e dezesseis, novas regras que permitem que a cirurgia seja realizada por pacientes que possuem um índice de massa corporal (IMC) superior a 35kg/m² e apresentem doenças não contagiosas como doenças cardiovasculares, hernia de disco, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, entre outras. (SBCBM,2017).​Como já citado a obesidade é uma doença multifatorial apresentando outros fatores que podem ser associados a doenças crônicas que trazem riscos à saúde, alterando o metabolismo.  Devido a mudança nos padrões alimentares com a introdução de alimentos ricos em calorias e menor atividade física por uma boa parte da população, percebemos um aumento na obesidade. (Wanderley e Ferreira, 2010).